segunda-feira, 3 de maio de 2010

agachamento livre

Primeira etapa:

segunda etapa:

terceira etapa:

Agachamento Livre
É o exercício preferido dos bodybuilders e impõe grande quantidade de trabalho muscular, ajudando na coordenação motora e no fortalecimedo do núcleo
Revista online (newsletter)
Edição de maio de 2010

Por Leandro Camargo (hard_training@hotmail.com)
Personal Trainer
CREF 047557-G/SP

O segundo exercício a ser demonstrado em nossa coluna guia de exercícios com pesos será o agachamento com barra livre.

Gosto de pensar que se existe um exercício hard na sala de musculação, esse exercício é o agachamento livre devido à quantidade de trabalho muscular realizado durante a execução, é o exercício preferido de muitos bodybuilders.

Além disso, é bem completo quando executado de maneira adequada, pois ajuda muito na coordenação motora e no fortalecimento do núcleo (base), com uma boa aquisição de expansão torácica, melhorando a capacidade respiratória.

Trata-se também de um exercício muito polêmico, assunto de eternas discussões entre especialistas, no entanto o fato é que a partir dele surgiram diversos exercícios, tornando-o um dos exercícios básicos do treino com pesos, sendo esta sua importância.

Músculos atuantes
Os principais músculos atuantes são o quadríceps femural (vasto lateral, reto femural, vasto intermédio e vasto medial), isquiotibiais (semitendinoso e semimembranoso), glúteo máximo, glúteo médio, adutores da coxa, tibial anterior, fibular longo, fibular curto, sóleo, músculos eretores da espinha e parte da musculatura abdominal.

O exercício
Posição inicial: Posicione a barra sobre a parte superior das costas e não no pescoço. Segure a barra com as mãos afastadas, pouco mais que a largura dos ombros ou onde sentir-se confortável para obter bom equilíbrio. Posicione os pés com ligeira abdução, com uma distância igual ou ligeiramente maior que a largura dos ombros.

Execução: Comece flexionando lentamente os quadris e os joelhos até as coxas ficarem paralelas ao solo, ou um pouco mais se desejar recrutar mais fibras musculares, mantenha as costas o mais restas possível, (evitando arredondar a coluna vertebral para evitar lesões), o queixo para cima e os ombros retos. Após chegar ao ponto mais baixo empurre a barra para cima a partir dos calcanhares voltando à posição inicial. Procure não relaxar a musculatura do quadríceps em nenhum momento durante a execução.

Observação:

É importante lembrar que a amplitude do agachamento determina o tipo de envolvimento muscular obtido, quanto mais profundo, mais músculos e fibras envolvidas.

No entanto, quando se trata de iniciantes nesse exercício é interessante começar com uma amplitude menor e ir aumentando gradativamente, conforme o indivíduo vá adquirindo melhor suporte articular e confiança.

Existem também algumas variações na distância entre as pernas, realização do exercício na máquina smith e também do posicionamento da barra livre que pode ser colocada a frente da cabeça, o que dificulta mais o exercício, pois tem-se um menor acionamento dos eretores da espinha vertebral. Portanto uma melhor preservação da mesma.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

supino reto


O ideal é que os pés fiquem fixos no solo, exceto em caso de lombalgia, pois se o exercício for realizado com carga elevada é possível perder o equilíbrio
Por Leandro Camargo (hard_training@hotmail.com)
Personal Trainer
CREF 047557-G/SP


Gostaria de informar a todos os leitores que a partir de hoje estamos iniciando uma nova coluna com um guia explicativo de exercícios com pesos livres e nos aparelhos. Estaremos trazendo a vocês um exercício diferente todo mês começando pelos básicos como supino no banco horizontal, agachamento na barra livre, levantamento terra, barra fixa e remada curvada, pois foram a partir destes que surgiram os demais exercícios na sala de musculação e toda aparelhagem de última geração que temos hoje nas academias. Portanto vamos ao primeiro exercício, o supino no banco horizontal.

Breve histórico

O apoio de solo ou flexão foi inventado antes do supino, que surgiu em meados do século 19. No entanto, antes do supino ser inventado os levantadores (lifters) deitavam-se no chão e o pressionavam empurrando o corpo para cima. Como o exercício no banco começou a se tornar popular, os lifters começaram a realizar o supino deixando de lado os apoios de solo.

Músculos atuantes

O principal músculo atuante é o peitoral maior seguido pelo peitoral menor, feixe anterior dos deltóides, serrátil anterior, coracobraquial e tríceps braquial.

O exercício

Posição inicial: Deite-se em um banco horizontal e mantenha os pés no solo com uma distancia ligeiramente maior que a largura dos ombros. Arqueie de leve as costas, mas mantenha os quadris no banco. Retire a barra do suporte e segure-a com as mãos em pronação com uma distância superior a largura de seus ombros e com os cotovelos retos, bem em cima do meio do peito.


Execução: Comece abaixando a barra lentamente até que ela toque o peito suavemente e volte à posição inicial

Observação:

A realização do movimento com os membros inferiores elevados pode evitar a hiperlordose lombar, o que é indicado para quem apresenta algum tipo de problema na coluna vertebral. Realizando o exercício dessa maneira diminui-se o esforço na parte inferior dos peitorais e concentra-se no feixe muscular médio e clavicular. No entanto, o ideal é que os pés fiquem fixos no solo, exceto em caso de lombalgia, pois se o exercício for realizado com carga elevada é possível perder o equilíbrio, sem falar na perda da força extra que se consegue, ao a arquear levemente as costas, com o recrutamento das fibras do feixe muscular inferior do peitoral.




Nota: existem também algumas variações na distância das mãos. Segurando a barra com as mãos aproximadas solicitaremos mais a parte central dos peitorais e o tríceps braquial. Segurando com as mãos mais afastadas solicitaremos mais a parte externa dos peitorais.

domingo, 28 de março de 2010

Divisão de treinamento


Divisão de treinamento

Há várias maneiras de dividir sua rotina de treinamento. Veremos alguns exemplos a seguir. Vamos chamá-las de - A para segunda-feira - B, para terça-feira - C para quarta-feira - D para quinta-feira e - E para sexta-feira.

Primeira rotina.
A: Ombros, tríceps.
B: Dorsais, gêmeos.
C: Perna completa, abdômen.
D: Peito, bíceps e antebraço.
E: Descanso absoluto.

Segunda rotina.
A: Peito, ombros frontal e lateral.
B: Dorsais, posterior do ombro e gêmeos.
C: Bíceps, tríceps e antebraço.
D: Perna completa, abdômen.
E: Descanso absoluto.

Terceira rotina.
A: Perna completa, abdômen.
B: Peito, ombros.
C: bíceps, tríceps e antebraço.
D: Dorsais, posterior da coxa, gêmeos.
E: Descanso absoluto.

Quarta rotina.
A: Peito, posterior da coxa.
B: Dorsais, bíceps, gêmeos.
C: Ombros, tríceps, antebraço.
D: Perna completa, abdômen.
E: Descanso absoluto.

Quinta rotina.
A: Peito, ombros, tríceps.
B: Perna completa, gêmeos e abdômen.
C: Dorsais, bíceps, antebraço.
D: Descanso absoluto.

Sexta rotina.
A: Peito, bíceps, tríceps.
B: Perna completa, gêmeos.
C: Dorsais, ombros.
D: Descanso absoluto.



Sétima rotina.
A: Peito, dorsais, ombros.
B: Descanso absoluto.
C: Perna completa, gêmeos, bíceps, tríceps.
D: Descanso absoluto.
E: Repete treino A.

Oitava rotina.
A: Perna completa, gêmeos.
B: Peito.
C: Descanso absoluto.
D: Bíceps, tríceps.
E: Ombros

Nona rotina.
A: Peito, bíceps, tríceps.
B: Perna completa, gêmeos.
C: Descanso absoluto.
D: Dorsais, ombros.
E: Descanso absoluto.

Décima rotina.
A: Perna completa.
B: Ombros, trapézio, gêmeos.
C: Dorsais, bíceps.
D: Peito, tríceps.

Como vimos acima nos exemplos mostrados, podemos perceber que há varias maneiras de você dividir a sua rotina de treino, de forma a se adequar melhor às suas necessidades.

Também quero salientar que algumas rotinas aqui mostradas dão a opção de poder treinar o mesmo grupo muscular duas vezes na mesma semana. Como vimos na terceira e quarta rotina com o exemplo do treinamento de posterior da coxa.

O mesmo exemplo pode ser utilizado para os demais grupos musculares, dependendo da sua necessidade.

Outras rotinas sugerem o dia de descanso, no meio da semana. O exemplo da segunda e quinta rotina sugerem um trabalho dos grupos musculares sinergistas que preconizam uma maior recuperação dos grupos musculares atuantes no movimento.

Também recomendo exercícios aeróbicos três vezes na semana para manter uma boa condição cardiovascular. Estes poderão ser inseridos após cada sessão de treinamento.

Fiquem ligados! E não percam os próximos artigos, que trarão sempre dicas para vocês que desejam estar em boa forma física e mental.

Um bom treino a todos!

Em busca de Hipertrofia muscular



Autor: Tiago Lucian Oliveira
Email: tiagolucian@hotmail.com
Tema: treinamento
Adicionado em: 03/12/2009

Hipertrofia muscular é o aumento no tamanho e no numero de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares, e significa um aumento na secção transversa do músculo.

Para ocorrer este processo primeiro é necessário manter o balanço nitrogenado positivo, ou seja, manter maior anabolismo do que catabolismo, o que torna-se uma tarefa difícil pois estamos expostos ao catabolismo em toda situação de estresse orgânico ou emocional devido ao aumento da produção de cortisol, produzido pela glândula supra-renal.

Para reduzir o catabolismo devemos procurar manter as emoções sob controle e realizar treinos curtos. Dessa forma a desidratação e a produção de cortisol e de amônia não serão excessivas (SANTARÉM).

Para haver hipertrofia precisamos quebrar a homeostase através do treinamento de força, buscando o estímulo ideal. A grande questão está em utilizar de forma correta a intensidade x volume. Devemos entender que relativamente ao aumentarmos a intensidade diminuiremos o volume e vice-versa, ou seja quanto maior a carga utilizada menor será o tempo de duração e quanto maior o volume menor será a carga suportada.
Um dos erros mais comuns é a realização de um volume muito grande durante um período, isto é, treinar demais ou treinos muito longos, principalmente quando você se encontra nos primeiros anos de treinamento. O que acaba por acontecer é não dar tempo para que nosso organismo sofra as adaptações necessárias gradativamente para estabelecer uma base orgânica sólida e assim subir gradativamente os patamares subseqüentes na curva da evolução de performance (BUTENAS).

Caracteriza-se pelo treino de hipertrofia repetições entre 6 à 12, sendo a carga trabalhada entre 67% e 85% de 1 repetição máxima (1 RM). Deve-se utilizar 3 ou mais séries por grupo muscular e treinar o mesmo grupamento de 1 à 3 vezes por semana dependendo da intensidade, havendo um intervalo de 48 à 72 horas em média. A execução lenta aumenta a tensão no músculo e gera um importante estímulo para a hipertrofia muscular.

Com relação à segurança, quando bem realizados, os exercícios com pesos apresentam baixo índice de lesões músculo-esqueléticas e baixo risco de acidentes vasculares cerebrais e coronarianos. A eficiência exige pesos relativamente elevados, que permitem poucas repetições, mas desde que não se façam esforços absolutamente máximos, a pressão arterial aumenta dentro de níveis seguros. Com os intervalos de descanso entre as séries sendo relativamente longos, geralmente acima de um ou dois minutos, a freqüência cardíaca aumenta muito pouco. Por estas razões, já se demonstrou que o caminhar rápido pode apresentar estresse cardiocirculatório maior do que o treinamento com pesos bem orientado. Além disto, os exercícios com pesos não apresentam os fatores predisponentes ao trauma, tão comuns na maioria das atividades esportivas: impactos, acelerações, desacelerações, torções, risco de trauma direto e de quedas. A carga, desde que não excessiva, não é um fator de lesão. Ao contrário, apresenta efeitos tróficos, estimulando o fortalecimento dos tecidos (SANTARÉM).

Portanto devemos obter orientações de um Professor de Educação Física qualificado, potencializando os resultados, aperfeiçoando o condicionamento físico e mantendo equilíbrio entre corpo e mente.

Referências
Marcello Butenas http://www.gssi.com.br/scripts/publicacoes/Treinador/Treinador_Detalhes.asp?DscArquivoHtm=\Treinador\Html\marcelo_butenas.htm, 26⁄08⁄2009.
Marcelo Xavier Alves Fagundes http://www.spolti.com.br/PortaldoAtleta/artigos/artigo_0004.aspx, 27⁄08⁄2009.
Dr. José Maria Santarem Sobrinho http://www.saudetotal.com.br/artigos/atividadefisica/potencia.asp, 01⁄08⁄2009.
Dr. José Maria Santarém Sobrinho http://www.saudetotal.com.br/artigos/atividadefisica/qualidade.asp, 05⁄09⁄2009.
UCHIDA, Marcos C. ET AL. Manual de Musculação. 5 ed. São Paulo: PHORTE, 2008.

segunda-feira, 22 de março de 2010

NABBA - Campeonato Brasileiro Norte Nordeste 2010


A NABBA (National Amateur Body-Builders Association) promove o Campeonato Brasileiro Norte Nordeste 2010 na cidade de Aracaju.
O campeão overall vai ganhar uma moto zero!

Dados do evento:
Data: 1/5/2010
Local: Aracaju/SE.
Ingresso: -
Inscrição de atletas: -
Mais informações: (79) 9958-5820 ounabbasergipe@hotmail.com

Professores sofrem com dores musculares


De acordo com levantamento publicado na Revista Brasileira de Epidemiologia, dores musculares em membros superiores e inferiores em profissionais da área da educação são comuns e estão relacionadas a esforços físicos e tempo de trabalho. O artigo é da autoria de Jefferson Paixão Cardoso, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS - Bahia), e colegas, e foi veiculado na edição de dezembro de 2009.

Segundo os autores, para coleta de dados, foi realizado estudo sobre as condições de trabalho e saúde dos professores da rede municipal de ensino de Salvador. Esta abrangia na época da pesquisa, conforme explicam eles, a educação infantil (pré-escola), ensino fundamental I (1ª a 4ª série) e ensino fundamental II (5ª a 8ª série). "Um inquérito que incluiu todos os professores da rede municipal de educação de Salvador foi realizado durante o recadastramento dos professores, no ano de 2006" afirmam Jefferson e colegas. Segundo eles, o quadro foi investigado "em três regiões corporais: membros inferiores: 'dor nas pernas'; membros superiores: 'dor nos braços' e no dorso: 'dor nas costas/coluna'. A frequência da dor foi medida numa escala do tipo Likert: 0=nunca; 1=raramente; 2=pouco frequente; 3=frequente e 4=muito frequente. Neste estudo, foi considerada como queixa de dor musculoesquelética quando o professor referiu sentir a queixa álgica como "frequentemente" ou "muito frequentemente", para cada região corporal acima mencionada".

Os pesquisadores revelam no artigo que a prevalência da dor foi de 41,1% para membros inferiores (dores nas pernas), 41,1% para o dorso (dor nas costas) e 23,7% para os membros superiores (dor nos braços). "A prevalência global, para DME (dor músculoesquelética) relacionada a qualquer um dos três segmentos corporais foi de 55%: 19,7% referiram dor apenas em um dos três segmentos corporais analisados, 19,9%, em dois segmentos, e 15,4%, nos três segmentos", dizem.

Os autores acreditam que "os achados do estudo reforçam a hipótese de que as características oriundas de determinada atividade laboral produzem efeitos negativos sobre a saúde dos trabalhadores. Os professores investigados referiram elevadas prevalências de dor musculoesquelética em membros superiores, inferiores e dorso. Também foram analisadas associações de fatores sociodemográficos e ocupacionais para estas ocorrências. A identificação desses fatores pode contribuir para a adoção de políticas públicas que visem à prevenção de adoecimento e promovam bem-estar dessa categorial profissional".

Para ler artigo na íntegra acesse Scielo - clique aqui

Agência Notisa (science journalism - jornalismo científico)
Publicado em: 04/03/2010


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30° Conaff


congresso internacional 30º CONAFF
INTERNACIONAL
saiba mais acessando o site http://www.conaff.com.br/

A influência do tipo de piso nas lesões de atletas de MMA


Leandro Paiva (leandropaiva@prontopraguerra.com.br)
Professor de Educação Física
Autor do livro Pronto pra Guerra
Página: http://prontopraguerra.blogspot.com





Dojô japonês clássico: tatame confeccionado com palha de arroz prensada.

Com a evolução do MMA e com a prática do cross training (treinamento de várias modalidades) tenho observado que, de modo geral, os atletas invariavelmente estão realizando seus treinamentos em diversos tipos de piso: tatames sintéticos de encaixe confeccionados com borracha, tatames em placa "recheados" de raspas de pneu, lonas recobrindo raspas de pneu, piso de cimento, etc. Na maioria das vezes se credita às lesões em situação de treinamento, somente aos aspectos técnico-táticos. Contudo, em alguns artigos recentes, observei que os autores tem relacionado lesões com o tipo de piso em que o atleta treina. Portanto, considero relevante aprofundar um pouco mais sobre esse tema.

Na parte do treinamento de MMA referente a técnicas de solo e projeção, em estudo recente (Cunha Júnior, 2009), realizado com 57 praticantes de Jiu-Jítsu, o autor observou relação entre o tipo de piso com a lesão de membros inferiores. 70% das lesões no joelho foram associadas ao tatame de lona coberta (preenchido com raspas de pneu). 100% das lesões no tornozelo foram associadas à tatames sintéticos de encaixe, confeccionados com borracha.

Em outro artigo (Santos e Melo, 2003), foi verificado o tipo de piso preferido por 86 judocas ao praticarem técnicas de projeção e de solo. Os autores observaram que, mesmo havendo controvérsias nas justificativas para as preferências do tipo de piso, o piso sintético foi o que obteve maior preferência para os treinamentos em pé e em competições; entretanto, os atletas reportaram preferir o piso de palha para técnicas de solo. A sugestão dos autores foi, então, buscar uma forma de associar o material sintético à cobertura feita de lona de algodão do tatame de palha e, desse modo, satisfazer as necessidades dos atletas dessa modalidade.

Já no segmento de golpes traumáticos, em estudo recente (Cavalheiro e Toigo, 2009), foram associadas técnicas de chute, tipo de piso e lesões nos membros inferiores. Foi perguntado em que tipo de piso os atletas estavam treinando atualmente. 63,2% dos atletas responderam que treinam em piso emborrachado de EVA. O restante dividiu-se entre piso de madeira (16,1%); piso de lona (12,6%) e piso de lajota (tipo cerâmica, porcelanato) (5,7%). 2,3% disseram que praticam a atividade em mais de um tipo de piso pelo fato de variarem o local de treinamento.

Quando questionados a respeito dos tipos de piso onde perceberam maior dificuldade para realizar os movimentos pertinentes à golpes traumáticos, os atletas responderam: a) no piso de madeira (25%,3); b) não tiveram dificuldade (17,2 %); c) no piso de EVA (12,6%), d) no piso de lajota (10,3%); e) no carpete (8,0%); f) no piso de lona com raspas de pneu (8,0%); g) no piso de cimento (5,7%); h) na areia (2,3%); i) no tatame de palha (1,1%) e j) em mais de um tipo de piso (1,1%). 8,0% dos atletas não responderam a esta questão.

As principais dificuldades reportadas pelos atletas em relação ao piso foram: a) deslizamento (32,2%); b) travamento (24,1%); c) outras dificuldades não especificadas (8,0%); d) instabilidade, que acaba dificultando o equilíbrio (4,6%); e) maciez excessiva (3,4%); f) emendas (2,3%) e g) não tiveram dificuldades (1,1%). 24,1% dos atletas não responderam a esta questão.

Resultados, Conclusão e Considerações finais

O piso de madeira foi mais associado ao deslizamento (85,4%). Esta associação é corroborada pelo fato desse tipo de material apresentar baixo coeficiente de atrito dinâmico.

O piso emborrachado de EVA foi associado ao travamento (46,4%). Este material possui um coeficiente de atrito dinâmico maior que o da madeira.

O carpete foi associado ao travamento (45,0%) em função de também ter um alto coeficiente de atrito dinâmico; contudo, atualmente, este piso já não é mais comumente usado.

O cimento é outro tipo de piso que foi relacionado ao travamento (com 43,8%), provavelmente, pela sua característica porosa, com possibilidade de aumentar o atrito dinâmico entre o piso e a pele.

A lajota foi correlacionada ao deslizamento (54,2%), pelo fato de ser um piso muito liso.

O piso de lona com raspas de pneu foi associado ao travamento (55,0%), por ser, também, um material emborrachado, porém está igualmente relacionado com a instabilidade (25%), que pode conduzir à dificuldade de equilíbrio. Esta falta de estabilidade foi explicada pela utilização de retalhos de pneu prensados embaixo da lona, ou, em muitas casos, pela utilização de tatames de palha alinhados um ao lado do outro, forrados com a lona. A junção das placas de tatame pode provocar quedas bruscas, uma vez que o lutador está sujeito a posicionar inadequadamente seu pé em uma emenda.

A areia foi correlacionada com o travamento (30%) e ao fator maciez (25,0%), principalmente quando se trata da prática em areia fofa de praia.

O tatame de palha foi associado ao travamento (37,5%).

O piso de madeira foi associado a mais de uma lesão (34,4%), em razão de ser o piso de maior deslizamento. Já o emborrachado de EVA, foi correlacionado à entorse (13,6%), luxação (13,6%), distensão muscular (13,6%), inflamação (13,6%), rompimento de menisco (13,6%), bem como múltiplas lesões (13,6%).

O piso forrado com carpete foi associado à distensão muscular (25,0%), o de cimento às entorses (25,0%), o de lajota à contusão (18,8%) e a mais de uma lesão (31,3%), e de lona com raspas de pneu à entorse (21,4%) e à distensão muscular (21,4%).

Evidenciou-se que o piso de EVA (borracha) está associado ao maior número de lesões. Os autores afirmaram que, as lesões ocorrem com mais freqüência no tatame emborrachado, pois os mecanismos causadores dessas lesões, compatíveis com o alto coeficiente de atrito (por exemplo, cargas de torção por travamento do pé), foram mais associados a esse tipo de piso. Vale lembrar, resumidamente, que entorse é o ato ou processo de torcer ou girar em torno de um eixo no qual são lesados os ligamentos e a membrana.

Concluo esse artigo com o alerta para técnicos e atletas de MMA: evite treinar golpes traumáticos sobre piso do tipo emborrachado EVA. Atenção quanto aos pisos de lona, pois foram associados a lesões no joelho em técnicas de solo. Prefira, nesse caso, o tradicional tatame de palha de arroz prensada ou, se ainda estiver em fase de estruturar o tatame de treino, além de raspas de pneu, utilizar espuma reciclada para aumentar a maciez do piso. Uma alternativa, também, ainda referente ao treino de técnicas de solo, seria adaptar os tatames emborrachados de encaixe do tipo EVA, recobrindo com uma lona, evitando, desse modo, o excesso de atrito típico desse material e o risco de o pé "engatar" nos locais de encaixe. Lembrando que, o excesso de atrito e o "engate" do pé, podem facilmente conduzir a entorses, principalmente no tornozelo.

Leandro Paiva

Referências:
1) Cavalheiro, J.; Toigo, A. Influência do tipo de piso em lesões nos membros inferiores de praticantes de tae kwon do chute bandal tchagui. Revista Digital Efdeportes, ano 14, n.139, Dezembro de 2009.

2) Cunha Júnior, A. Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de Jiu-Jitsu. Monografia de Graduação em Fisioterapia apresentada à Universidade da Amazônia – UNAMA, 2009.

3) Santos, S.; Melo, S. Os “ukemis” e o judoca: significado, importância, gosto e desconforto. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.5, n.2, p. 33-43, 2003.

Exercício faz paciente de doença degenerativa ganhar massa muscular.



Pesquisadores da USP conseguiram pela primeira vez fazer com que um paciente de miosite por corpúsculo de inclusão (MCI)— uma doença inflamatória que leva à degeneração lenta dos músculos — voltasse a ganhar massa muscular. Para isso, usaram uma técnica simples: o paciente levantava pesos leves com um aparelho de medir pressão obstruindo parcialmente o fluxo sanguíneo.

Nessa miosite, os músculos lentamente perdem o volume e a capacidade de produzir força . Ficam enfraquecidos principalmente as coxas e dedos. Os doentes têm dificuldades para fazer tarefas simples, como levantar da cadeira, segurar uma sacola, andar, engolir alimentos. O processo de atrofia geralmente começa perto dos 50 anos. A MCI é rara. Segundo pesquisas internacionais, para cada 1 milhão de pessoas, cerca de 14 sofrem com ela.

Na pesquisa, um paciente de 65 anos, fez exercícios para fortalecer as coxas com o fluxo sanguíneo parcialmente obstruído. Ele levantava 20% do peso máximo que conseguia carregar, uma quantidade bem abaixo da recomendada por profissionais de educação física para pessoas saudáveis. Os cientistas temiam que cargas altas aumentassem a inflamação fazendo o paciente perder músculos, em vez de ganhá-los.

Depois do treino, os músculos da coxa do idoso aumentaram o volume em 5% e ele conseguia levantar com as pernas cargas 11,6% mais pesadas. “Isso é significativo. É o que se espera em idosos saudáveis”, diz o autor da pesquisa, o doutor em Educação Física Bruno Gualano. Ele fez a pesquisa no Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia (LACRE) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Gualano destaca que a o tratamento não curou a doença, apesar da melhora no quadro do paciente.

O idoso também relatou melhoras na qualidade de vida e teve mais facilidade para lidar com atividades do cotidiano. Ele teve uma melhora de 60% em um teste que consiste em sentar, levantar, andar até um cone distante três metros, contorná-lo e voltar. O tempo caiu de 16 para 10 segundos.

Para saber mais sobre a pesquisa e assistir ao depoimento do paciente, veja o artigo em formato audiovisual no Journal of Visualized Experiments. O trabalho também foi publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

Perspectivas

Os cientistas explicam que faltam mais pesquisas para se ter certeza que o exercício com vasos obstruídos é uma terapia útil para tratar doenças que causam perdas musculares, como a MCI, câncer e AIDS. Mas a pesquisa pode abrir portas para descobrir terapias que complementem remédios e possam melhorar a vida de quem sofre dessas doenças. O tratamento também tem potencial para ajudar idosos que sofrem de sarcopenia, a perda de massa muscular da velhice.

Depois dessas pesquisas, o LACRE pretende iniciar estudos com doenças que atrofiam os músculos, mais comuns, como a polimiosite e dermatomiosite. Os pesquisadores provavelmente encontrarão mais pacientes que possam participar da pesquisa.

Gualano foi orientado pelos professores Antonio Lancha Júnior, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e Eloísa Bonfá, do HC. Colaboraram com o trabalho outros pesquisadores do HC, da EEFE, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP e do Hospital Nove de Julho.

Texto: Nilbberth Silva
Fonte: Agência USP

Publicado em: 11/02/2010

Rosca Bíceps na barra W ou na Barra Reta?


O uso da barra reta na rosca bíceps necessita de muita atenção, pois seu uso prolongado está relacionado a uma grande chance de desenvolver uma epicondilite lateral (também conhecida como cotovelo de tenista) ou uma epicondilite medial (ou cotovelo de gol.

Título: Rosca Bíceps na barra W ou na Barra Reta?
Autor: Rafael Torres
Email: rafoso_torres@yahoo.com.br
Tema: treinamento

Essa é uma questão muito discutida entre os praticantes de musculação. Qual é a diferença entre realizar a rosca bíceps com a barra W e a barra reta? Usar a pegada aberta ou fechada? Qual é a contra indicação?

Segundo alguns autores a rosca bíceps na barra W com a pegada aberta dá uma ênfase maior a cabeça longa do bíceps braquial, já a pegada fechada prioriza mais a cabeça curta do bíceps braquial. Mas se entra em uma outra questão, há autores também que dizem que como a mão na barra W fica em uma posição semi-pronada a ênfase seria praticamente igual nas duas porções do bíceps, não importando a pegada. Já na barra reta, como a mão fica em uma posição completamente supinada, realmente foi constatada uma ênfase maior com a pegada aberta na cabeça longa e com a pegada fechada na cabeça curta.

Mas o uso da barra reta na rosca bíceps necessita de muita atenção, pois seu uso prolongado está relacionado a uma grande chance de desenvolver uma epicondilite lateral (também conhecida como cotovelo de tenista) ou uma epicondilite medial (ou cotovelo de golfista) devido a grande estresse articular que esse exercício proporciona aos tendões próximos a cápsula articular do cotovelo.

A epicondilite trata-se de uma agressão mecânica no epicôndilo lateral ou medial do úmero, local de origem dos tendões dos músculos supinador do ante braço, extensores e flexores do punho e dos dedos. Normalmente é causada por esforços de tração do músculo em movimentos repetidos ou por tensões repetitivas na articulação do cotovelo que geram micro-rupturas dos tendões junto à sua inserção no osso, e como os tendões têm pouca vascularização a sua regeneração é mais difícil e lenta.

Geralmente começa como uma ligeira impressão dolorosa no cotovelo, mas se o esforço repetitivo for continuado a dor vai piorando progressivamente, podendo se irradiar para o antebraço, punho e mão, a área atingida torna-se dolorosa ao toque dificultando até mesmo atividades leves.

O diagnóstico é essencialmente clínico, a primeira medida sempre será procurar interromper a causa da patologia, ou seja, parar com o esforço repetitivo ou a sobrecarga local, em conjunto emprega-se tratamento medicamentoso com antiinflamatório e fisioterapia local, muitas vezes é necessário imobilização do membro, caso não haja melhora pode haver necessidade de intervenção cirúrgica. Estes tratamentos variam de caso a caso.

O retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se evitar qualquer exagero. Exercícios de alongamento junto com um aquecimento antes das atividades físicas ajudam a prevenir as lesões de ligamentos, tendões e articulações.

Sempre que se sentir algum incômodo, ou dor na execução de qualquer exercício de sua rotina de treino, comunique ao seu professor, para que ele possa tomar as devidas providências para evitar o agravamento do quadro.

Bons Treinos!!!

Antioxidantes


Antioxidantes


As células do nosso corpo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres.



Esses radicais livres são provenientes da oxidação da membrana celular, responsáveis pela ocorrência de diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano.
O termo antioxidante é utilizado para denominar a função de proteção celular contra os efeitos danosos dos radicais livres. Sendo que alguns nutrientes, naturalmente presentes
ou adicionados nos alimentos, possuem propriedade antioxidante.

São vários os nutrientes que têm essa ação no organismo. Entre eles estão as vitaminas C e E, carotenóides e isoflavona. A eficiência da função dos antioxidantes derivados da alimentação depende da sua biodisponibilidade e da ingestão de quantidades adequadas do nutriente. Entretanto, o consumo excessivo de algumas vitaminas antioxidantes pode causar hipervitaminose, que nada mais é do que uma quantidade exagerada de vitamina no organismo.

Alguns estudos provaram que alimentação rica em hortaliças e frutas está associada com a baixa incidência de doenças crônico-degenerativas, como alguns tipos de câncer (pulmão, mama, próstata) e doenças cardiovasculares, efeitos fotoprotetores, como também efeitos de substituição hormonal.

Um exemplo: o consumo de soja é eficaz na redução do risco de doença cardíaca coronariana e na redução dos níveis de LDL (mau colesterol) e aumento de HDL (o bom colesterol). Embora ainda não se tenha certeza dos quais componentes bioativos presentes na soja sejam responsáveis por essa função antioxidante, acredita-se que a isoflavona, que também tem similaridade com o hormônio estrogênico, entre outros compostos presentes no alimento são responsáveis por esse efeito protetor.

Para que você saiba um pouco mais sobre antioxidantes, veja no quadro abaixo os nutrientes e alguns de seus efeitos protetores:

Nutriente Efeito Protetor Fontes alimentares
Vitamina C Eficiente fotoprotetor da pele
Aumento da atividade imunológica
Prevenção de câncer de estômago
Prevenção de câncer de pulmão Acerola, frutas cítricas, tomate,melão, pimentão, repolho cru,morango, abacaxi, goiaba, batatae kiwi.
Instável ao calor e álcalis.
Vitamina E Eficiente fotoprotetor da pele
Previne doenças respiratórias
Aumenta imunidade celular
Tratamento de doenças neurológicas Germe de trigo, óleos vegetais,vegetais de folhas verdes, gordurado leite, gema de ovo e nozes.
Estável ao calor e aos ácidos.
Licopeno
(carotenóide) Previne doenças cardiovasculares
Previne o câncer de próstata
Previne o câncer de mama Tomate, pimenta, goiaba, melan-cia, grapefruit.
Estável ao calor.
Betacaroteno
(carotenóide) Eficiente fotoprotetor celular
Previne o câncer de mama, próstata
Previne doenças respiratórias
Previne a catarata Cenoura, mamão, abobrinha,vegetais e frutas alaranjadas.
Estáveis ao calor.
Isoflavona Previne o câncer de mama
Previne o câncer de útero
Previne doenças cardiovasculares Soja, uva vermelha, vinho tinto,alho,casca de berinjela, beterraba
Estável ao calor.


Alimentos como carnes, leite, ovos, peixes, nozes e frutos do mar podem conter enzimas com função antioxidante (Coenzima Q 10) que tem a função de proteger as membranas celulares.

Vale lembrar que o consumo de alimentos como aveia, linhaça, chá verde, peixes, margarinas enriquecidas com fitoesteróis, chamados alimentos funcionais, mostram também benefícios potenciais para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, pois encontra-se neles alguns compostos antioxidantes.

Uma alimentação balanceada, rica em diferentes tipos de hortaliças, cereais, leguminosas e frutas, tendo quantidades adequadas de produtos fonte de proteína animal, com o uso de óleos vegetais, gérmen de trigo e oleaginosas, podem atingir as necessidades de ingestão diária sem a necessidade de suplementação.